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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Quem acredita, sempre alcança - a concretização da Tv e Rádio Justiça

O mundo é feito de idealistas, de pessoas que acreditam, que marcam sua época. É preciso que se registre, para que não caia no esquecimento, a trajetória deste profissional, Renato Parente. Ele está deixando a Assessoria de Imprensa do Supremo Tribunal Federal, com o reconhecimento de todos os seus colegas, assessores de comunicação do Judiciário e Ministério Público. Deixou para a história a marca de ser o responsável pela implantação de dois grandiosos projetos: a Tv Justiça e a Rádio Justiça, desejo, é claro, compartilhado pelos presidentes ministro Marco Aurélio de Mello e Maurício Corrêa, do Supremo Tribunal Federal.


Desde Minas Gerais, em 1986, quando o Tribunal Regional do Trabalho de MInas Gerais fez o I Encontro Nacional dos Assessores de Comunicação da Justiça, o Renato Parente, então assessor de imprensa do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (SP), já estava lá. Naquela época, a Carta de BH aprovou "a criação de uma entidade nacional de profissionais da Comunicação da Justiça do Trabalho constituída de representantes dos Tribunais Regionais do Trabalho da 2ª Região (Renato Parente), Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (Maricília Zocrato), Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (Luiz Fernando Flores), Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (Carlos Antonio Raimundo) e Tribunal Regional do Trabalho de Alagoas (José Antonio), além do Tribunal Superior do Trabalho (Ary Cícero de Moraes Ribeiro) para dar os encaminhamentos da carta. Um dos pontos da carta era "política integrada de comunicação social na Justiça do Trabalho, com definição de meios e critérios comuns de atuação, visando o fortalecimento da imagem da instituição junto a seus públicos".
A partir de então, o Renato Parente contribuiu decisivamente na elaboração da programação dos encontros seguintes. Se amadurecemos, a ponto de defendermos a transparência das organizações e a comunicação cidadã não podemos deixar de mencionar a colaboração do Renato Parente e sua preocupação com a implantação de uma política de comunicação para os órgãos da Justiça.



No ano seguinte, foi a vez do encontro ser realizado em Gramado (RS), numa promoção do Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul, sob a então coordenação do então assessor, o jornalista Luiz Fernando Flores. Entre os participantes, lá estava Renato Parente (TRT-SP). E assim, sucessivamente, no III Encontro (AL) e IV Encontro (MT). Veio, então o I Encontro da Associação dos Magistrados Brasileiros (Gramado-RS-1999).


Novo passo foi dado em 2000, quando da realização do I Encontro dos Assessores de Comunicação da Justiça em São Luís (MA), quando a discussão saiu da esfera de núcleos da Justiça e ganhou uma dimensão nacional, inclusive com a participação do MInistério Público. E lá estava o Renato Parente, indicado desta vez para compor o Comitê Consultivo. Sempre tivemos o desejo de ter uma organização e para chegar ao Fórum Nacional de Comunicação e Justiça passamos por várias etapas. Uma delas foi o Comitê Consultivo, que fazia parte do embrião do Fórum que, então, chamava-se Fórum Permanente das Assessorias de Comunicação Social do Poder Judiciário e do Ministério Público. Com o Renato Parente, foram indicados Paulo Gutemberg - Justiça Eleitoral (PI), Adriana Magalhães de A. Melo - Justiça Federal ( DF), Rosângela Sanches - Justiça Estadual (SP), Ana Paula Bonfim - Justiça Militar ( DF), Juarez Tosi - Ministério Público da União (RS) e Sebastião Jorge Goes de Souza - Ministério Público Estadual (MS). Em São Luís, todos nós assessores, aprovamos "Defender a participação das assessorias de comunicação do Poder Judiciário e do Ministério Público, em todas as instâncias, na implantação da TV do Judiciário, com a participação do Ministério Público (TV da Justiça"


No ano seguinte, em Belo Horizonte, no II Encontro, novamente os assessores defenderam um modelo de Tv Justiça descentralizado e reafirmaram "Fazer gestões junto ao Supremo Tribunal Federal e demais Tribunais Superiores e Regionais, junto ao Colegiado dos Presidentes dos Tribunais de Justiça, Conselho Nacional de Procuradores Gerais de Justiça, Conselho Superior do Ministério Público Federal, Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho, para viabilizar a implantação definitiva da TV da Justiça. Fica criada uma comissão para elaborar proposta a ser encaminhada as instâncias acima mencionadas e discutida com a sociedade civil; bem como para incentivar a implementação de experiências de TV por Intranet, Internet e em convênio com outros canais. A comissão e formada por Joabel Pereira (TRE-RS), Ana Cristina Rosário (TRT-DF), Gisele Correa (TRF 1a Regiao), José Vieira Neto (TJ-PB), Mara Oliveira (MPE-RO), Lília Gomes (PRT-MG) e Cleria Nunes (PR-SC).


E naquele encontro também estava o Renato Parente. Mas aquele foi um momento histórico para ele. E muitos de nós estávamos lá para testemunhar, embora nem todos soubessem naquele momento o convite que lhe fora feito pelo então presidente eleito do Supremo Tribunal Federal, Ministro Marco Aurélio. Naquele encontro, realizado entre 9 e 12 de maio de 2001, o Renato Parente, assessor de imprensa do Tribunal Regional de São Paulo tinha recebido o convite para ser o assessor de imprensa do STF. A seu favor, toda a experiência acumulada, ao longo de anos, à frente da assessoria de imprensa do TRT-SP e também após sua participação em sucessivos encontros.


Vieram, então outros encontros. O III Encontro, em Maceió, onde foi apresentado o Manual da Tv Justiça, já com a Claudia Lemos, que era da Associação Nacional dos Procuradores da República, convidada para dirigir a Tv Justiça. Ela apresentou o manual da Tv e mostrou de que forma conseguiríamos implantar, por meio de um esforço coletivo, um projeto de tv que respeitasse as desigualdades nos Estados e as diferenças das organizações, umas com estruturas montadas de televisão e outras sem nada. Uma das formas para garantir a participação de todos foi o audiotape. Mas também o Renato Parente, naquele seminário, deixou claro que o importante era que todos pudessem participar. Não era necessário ter um programa cheio de efeitos especiais. Tanto que se multiplicaram os programas de entrevistas e nem por isso foram vetados, já que a orientação era organizar a grade de acordo com as produções regionalizadas.


Houve quem não acreditasse que era possível. Investir em equipamentos ou contratar empresas para a produção de programas. Quais as organizações investiriam nesse projeto? Fazer televisão é muito caro e nem todos tinham a certeza de que a Tv Justiça teria audiência o suficiente para justificar investimentos. Mas lá estava o Renato Parente, com a convicção de que era possível. Criou uma rede nacional de comunicadores. Afinal, todos nós, assessores da Justiça, somos correspondentes da Tv Justiça e agora da Rádio Justiça, que segue os mesmos padrões da Tv Justiça.
É isso aí. Renato. Quem acredita, sempre alcança.


Jornalista Edvânia Kátia
Presidente do Fórum Nacional de Comunicação e Justiça
Assessora de Comunicação do TRT-MA

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