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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Terapia do riso conjugal

*Publicado em www.querdizer.com.br em 02/04/2008

Foi num desses almoços, na correria do dia-a-dia, que me deparei com uma filosofia de vida. Estávamos conversando sobre relação entre homens e mulheres. De repente, uma colega de serviço virou e disse: sabe que eu sou feliz. Embora seja casada há muitos anos, eu ainda rio do meu marido e, melhor que isso, eu ainda sorrio com ele. Foi então que me dei conta de que uma das melhores qualidades que os casais podem ter é o bom-humor. É o que eu chamaria de terapia do riso conjugal.

Sabe. Encontrar um par não é tarefa fácil. Embora todas as pessoas guardem em si um mistério divino, olhar para alguém e enxergar mais as qualidades que os defeitos não é algo que acontece assim, do dia para a noite. Então, depois daquele almoço, comecei a prestar mais atenção nos casais e percebi aqueles que conseguem superar com bom-humor as adversidades do dia-a-dia são, de fato, mais felizes. Rir do outro e com o outro é um exercício que faz muito bem para alimentar o amor.

Quando sorrimos, movimentamos os músculos da face e liberamos várias substâncias para o organismo. Agora, sorrir a dois, é multiplicar essa sensação de bem-estar. Isto sem falar que uma boa gargalhada é contagiante. Experimente estar ao lado de alguém e soltar aquela gargalhada gostosa. A resposta é imediata. Se houver sintonia, a sensação de felicidade é inevitável.

Está comprovado que sorrir é um exercício que faz bem à saúde. No livro, A Terapia do Riso, Eduardo Lambert, especializado em terapias holísticas, explica que a terapia do riso ou a risoterapia é um método terapêutico existente desde a década de 60, propagado pelo médico americano Hunter Adams chamado de "Patch Adams", que desde à época de estudante já implantava este método em hospitais e escolas. A história virou filme de mesmo nome, onde o ator Robin Williams atua como protagonista.

Diz Lambert que “o riso é um grande estimulador, suficiente para mandar uma ordem para o seu cérebro, a nível do hipotálamo, e sintetizar as endorfinas, mais precisamente as betas endorfinas, que são substâncias analgésicas similares às morfinas, mas com potência analgésica cem vezes maior. Estas substâncias são produzidas nas situações de riso, gargalhadas, alegria ou em toda a situação que te dá um certo bom humor”. E mais: “Quanto mais gostosa a gargalhada ou mais efusiva a risada, maior será a síntese de produção de endorfinas, que podem ser chamadas inclusive de hormônios da felicidade”. Então, já pensou que explosão. Você e seu parceiro sorrindo?

Todos nós já vivemos situações de tensão ao lado dos nossos parceiros. Fazendo um passeio pelas nossas recordações, vamos lembrar dos dias de desencontros, das trombadas dentro de casa, de alguma bebedeira extremamente irritante, de uma briga por ciúmes, daquela cena irritante onde alguém parquera seu/sua parceiro/a, do futebol que as mulheres costumam detestar, das reclamações porque um dá mais importância ao trabalho que o outro, da briga por esquecer o dia do aniversário. Enfim. Mas casais que colocam em prática a terapia do riso, horas, dias ou anos mais tarde, darão boas gargalhadas juntos dessas situações. Nas páginas desse romance, as situações de potencial crise podem ser apenas um capítulo engraçado de um belo romance, se o casal tiver um bom potencial emocional para saber lidar com as situações.

Nem todas as relações são assim. Algumas são cercadas de não-me-toques. Se um está sorrindo demais é porque está muito feliz. Para estes, melhor fosse que aquela pessoa ficasse triste, a ponto de depender do olhar misericordioso do seu parceiro, criando uma espécie de dependência. Ou então, se o outro sorrir é porque não leva a vida a sério. É que algumas pessoas consideram que numa relação, principalmente, os casamentos, sejam eles formais ou não, não há espaço para a leveza das boas gargalhadas. Ou, melhor dizendo, para a prática da terapia conjugal do riso.

Explica-se. Há hoje uma ramificação pouco conhecida da medicina que se dedica a estudar a maneira como as emoções influenciam no sistema imunológico das pessoas. Resolvi ler mais um pouco mais sobre o tema e acabei chegando ao índice emocional dos seres humanos. Vocês sabiam que há seres com índice emocional negativo e índice emocional positivo? Eu não sabia, mas depois de ler um pouco mais sobre assunto, cheguei à conclusão de que prefiro os relacionamentos em que o parceiro tem um índice emocional positivo. E vocês?

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